segunda-feira, dezembro 14, 2009

Corte de Luz



Dia 23 Janeiro 22h30 no Bar “G SPOT - Rock 'n Chilli”
Rua Dr. A.J.Granjo nº33

Dia 29 Janeiro 22h30 no Bar “ARTKAFÉ”
Travessa da Anunciada



O Projecto

O “Corte de Luz” é um exemplo único de uma experiência única que nos revela a promiscuidade com a qual algumas relações sobrevivem.
Este texto, que é relatado na 1ª pessoa, dá a oportunidade a quem assiste de identificar vários conceitos geradores de conflito, tais como: Frustração, intransigência, vício, pressão, crítica e desistência.
Neste monólogo existe uma possibilidade de “viagem” constante sobre o ponto de vista que é apresentado. No início desta “viagem” existe uma forte persistência em não terminar algo. A meio, existe um sentimento de culpa que provoca a auto-destruição. O fim é marcado pela ambiguidade da desistência e lúcidez.
O objectivo deste projecto é sensibilizar e alertar, através de um forte confronto com este testemunho, para a crescente precariedade dos compromissos contemporâneos e de como o ser humano tem cada vez mais a necessidade de apenas satisfazer, friamente, as vontades momentâneas, deixando de parte qualquer envolvimento sentimental.


Sinopse


Uma relação, um corte, uma falha. Um desabafo que é na verdade um grito. Uma frustração. Um ultimo aviso para as consequências de um compromisso... precário.


Produção

Teatro Estúdio Fontenova

Texto
José Lobo com poema de Victor Hugo

Música
Bruno Moraes
Voz
Eduardo Dias

Interpretação
José Lobo

Encenação
José Maria Dias

1985 - 2010 :: 25 Anos

Para nós 2010 é um ano muito importante e que tem de ficar marcado na memória dos Setubalenses, pois é o ano do nosso 25º aniversário!
Nunca foi nossa prática comemorar o nosso aniversário, só o fizemos na nossa primeira década com a realização do 1º festival de teatro a Festa do Teatro.
Contudo, achamos que o vigésimo quinto aniversário merece ser comemorado, não é todos os dias que uma Companhia de teatro celebra 25 anos de continua actividade.
Por isso vamos estender as comemorações ao longo do ano com um ambicioso programa, culminando com a XIIª Festa do Teatro.
Visto que 2010 é também ano de algumas efemérides dignas de registo, vamos potenciar as nossas actividades de acordo com elas, enriquecendo assim o ano de comemorações.
“Corte de Luz” é a primeira produção inserida neste quadro comemorativo, pleno de actividades que serão reveladas em momento oportuno mas que, não obstante, prometemos serem muito aliciantes, não só para o público que nos vem acompanhando ao longo de estes anos, mas também para todos aqueles que se queiram juntar a nós.

terça-feira, agosto 18, 2009

XIª Festa do Teatro

De 22 de Agosto a 5 de Setembro,
A Festa Faz-se!


Do teatro à música, passando pelas curtas metragens, oficina de teatro, debates, espaço do conto, aos espectáculos de sala e de rua, formas artísticas emergentes e de natureza pluridisciplinar, a XI Festa do Teatro continua a ser um interlocutor entre os artistas e a comunidade, potenciando hábitos de fruição cultural, continuando a apostar na formação de públicos e no desenvolvimento da sua capacidade crítica, assim como, na divulgação de novas práticas.

Este ano inclui no Festival, uma Oficina de Teatro “Educação para a Cidadania e Inclusão”, oficina esta que está a ser desenvolvida por formadores do Teatro Estúdio Fontenova em parceria com o Teatro Vivo (S. Roque do Pico – Açores), promovida em regime de Residência Artística com jovens de Setúbal e da Ilha do Pico, apoiada pela Câmara Municipal de S. Roque do Pico e pelo Centro Regional de Solidariedade e Segurança Social de Setúbal.

Também este ano se inicia um novo espaço, Espaço do Conto, “Narrador, narra-me uma narrativa… “
O Festival de Teatro “Festa do Teatro” continua a ser um momento cultural de relevo na cidade de Setúbal que se vai afirmando sempre e cada vez mais como um acontecimento que proporciona, ao público autóctone e aos visitantes, momentos de verdadeiro divertimento, de enriquecimento e de crescimento intelectual, no qual o teatro assume o papel de dinamizador de redes de difusão, permitindo a interligação de experiências e a movimentação de espectáculos de carácter profissional.
A cultura é fundamental para a criação de identidade e para o desenvolvimento económico e social da sociedade, sendo, pois, uma aposta valiosa, na qual se insere a Festa do Teatro pelo seu contributo na formação de novos públicos e na consolidação dos já existentes. Além disso disso, a cidadania também se constrói através da Arte e, neste caso, do Teatro.

Um dos objectivos deste Festival é também manter uma programação eclética e diversificada, privilegiando o nacional sem descurar a participação estrangeira.

(…) Vendo o mundo além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades, etnias, géneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel. Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida.
Teatro não pode ser apenas um evento – é forma de vida!
Actores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma! (…)

Augusto Boal

Resumo da Programação


22 de Agosto a 5 de Setembro 2009


AGOSTO

22> 19h> Salão Nobre> Sessão de Abertura – Teatro Estúdio Fontenova
22> 22h> Claustros do Convento de Jesus> Uma Rampa para ti – Fiar – Centro de Artes de Rua de Palmela

23> 22h> Auditório José Afonso> Humanum Fatum – PIA – Projectos de Intervenção Artística.

24> 22h> Escola Sebastião da Gama> Oro8oro – Teatro Estúdio Fontenova

26> 22h> Escola Sebastião da Gama> Le tour du monde en 80 voix – Khalid K, França

27> 22h> Clube Setubalense> Mostra de Curtas-metragens – Experimentáculo.

28> 22h> Escola Sebastião da Gama> Cafundó - Onde o Vento Faz a Curva – CIA D’Artes do Brasil
28>22h > Cine Teatro - S. João /Palmela > Le tour du monde en 80 voix – Khalid K,
França

29>19h |21h | 22h30> Praça do Bocage> Luto Clandestino – Teatro O bando

30> 22h> Clube Setubalense> Narrador, narra-me uma narrativa… – Teatro Estúdio Fontenova

31> 22h> Academia Problemática e Obscura (R. Deputado Henrique Cardoso) – Conversas de Teatro – O Teatro como Poder – Fernando Dacosta


SETEMBRO

02> 22h> Parque do Bonfim> As Justiceiras – Teatro ao Largo

03> 22h> Escola Sebastião da Gama> Canção do Vale – Teatro dos Aloés

04> 22h> Escola Sebastião da Gama> Apresentação do Trabalho final da Oficina de teatro/ Educação para a Cidadania e Inclusão.

05> 22h> Escola Sebastião da Gama> Apresentação do Trabalho final da Oficina de Teatro/ Educação para a Cidadania e Inclusão.
05> 23h> Claustros do Convento de Jesus> Concerto com Baile Mandado – BAILEBÚRDIA

22 de Agosto'09 | 19h | Salão Nobre dos Paços do Concelho


Sessão de Abertura
Moscatel acompanhado de Tiro ao Alvo :: Teatro Estúdio Fontenova

Declaração de Abertura da XI Festa do Teatro pelo seu Director Artístico José Maria Dias


Entrada livre

22 de Agosto'09 | 22h | Claustros do Convento de Jesus


Uma Rampa para Ti :: Fiar – Centro de Artes de Palmela

Espectáculo para público em geral – Duração aproximada: 50 minutos.

CIRCUNDAR 2009 – 2011
Circo Contemporâneo para o Espaço Público: Concluíram a 1ª Fase do projecto CIRCUNDAR (2009), com a estreia da criação – UMA RAMPA PARA TI – a 30 de Maio, no Festival Imaginarius em Santa Maria da Feira.
A primeira fase do projecto consistiu num Encontro de artistas, durante quatro meses (de Fevereiro a Maio), para uma experiência orientada para o espaço público e em que se cruzam a dança, o circo e o teatro físico, estruturado em torno de três eixos: Formação, Criação artística e Intervenção junto das comunidades locais.


O lugar onde nos encontrámos é um lugar em desequilíbrio onde homens – bicho / bichos -homens sonham a escorregar para dentro.

A proposta para o espectáculo Uma Rampa Para Ti, vai de encontro à procura de uma linguagem contemporânea que questione as fronteiras de diferentes expressões artísticas que se cruzam e dialogam. Estes são alguns dos pontos de partida para a criação de um universo onde convergem as técnicas circenses, dos aéreos ao clown, da teatralidade à dança. Procuramos através do cruzamento destas linguagens um universo colectivo criado através da troca de estímulos e de inúmeras inquietações.


Direcção do Projecto e de Produção: Dolores de Matos | Apoio á Direcção do Projecto: Ricardo Crista | Encenação, Dramaturgia e Espaço Cénico: Luciano Amarelo | Intérpretes: Aurélien Chaillou, Bernardo Chatillon, Isadora Branco e Sofia Figueiredo | Olhar Coreográfico: Branko Potočan | Olhar Plástico, Figurinos e Fotografia: Rita Melo | Espaço Sonoro: Miguel Cervini e Duarte Cabaça | Formadores: Ana Mira, Branko Potočan, Fanny Soreano, Marie Anne Kergoet e Zoë Maistre | Vídeo: Alberto Carvalhal e Ricardo Crista | Construção de Cenário: David Guimarães | Produção Executiva: João Chicó | Secretariado e Contas: Maria José Mestre | Design Gráfico: Paulo Hasse Paixão

Co-produtores – 1ª Fase: Câmara Municipal de Palmela, Festival Imaginarius, Câmara Municipal do Fundão, Moagem do Fundão; 2010 - Festival de Valladolid
Apoios – Instituto Franco Português, Junta de Freguesia de Palmela, Família Cardoso Maçarico, Festival ENCONTR’artes, Teatro o bando.

23 de Agosto'09 | 22h | Auditório José Afonso


Humanum Fatum :: PIA – Projectos de Intervenção Artística

Espectáculo para maiores 6 anos – Duração aproximada: 60 minutos


No século XIX 3 inventores, preocupados em convencer as pessoas da utilidade das suas máquinas, descobrem as vantagens da solidariedade e os riscos duma sociedade essencialmente baseada no progresso técnico.
Saberão eles lidar com as implicações do maquinismo e encontrar uma alternativa a este novo problema que pretendia ser uma solução?
Além da estética realista e do ambiente fiel à vida social do século XIX, o espectáculo pretende homenagear todos os inventores por terem pensado máquinas extraordinárias que fizeram sonhar os homens até hoje.

Com a chegada de uma nova Era, o Destino vem ligar o Homem e a Máquina, como engenho universal movido por correias de sentimentos.
Pois se o Destino não nos revela uma conclusão, resta-nos a interrogação... “Remeter a Máquina ao Homem ou degradar o Homem à Máquina?




Produção: PIA – Projectos de Intervenção Artística, CRL | Autoria, Direcção Artística e Concepção Plástica: Pedro Leal | Encenação e Direcção de Actor: Sylvain Peker | Direcção de Produção e Audiovisuais: Helena Oliveira | Cenografia: Pedro Leal e Ricardo Mondim | Figurinos: Maria João Domingues, Olinda Cordas, Filomena Godinho| Iluminótecnia: João Nunes Sonoplastia: Álvaro Presumido | Criação e Interpretação: Helena Oliveira, Pedro Leal, Ricardo Mondim, Sylvain Peker

24 de Agosto'09 | 22h | Escola Sebastião da Gama


Oro8orO :: Teatro Estúdio Fontenova

Espectáculo para maiores 16 anos – Duração: 75 minutos


Oro8oro é um texto dramático livremente inspirado no universo literário da Arte Sequencial, onde a fábula e o fantástico adquirem uma actualidade temática surpreendente, abrindo a porta para a criação de um espectáculo multidisciplinar.
As personagens pertencem a um outro tempo, um “tempo” geográfico. Um lugar que não é passado nem futuro, um lugar que pertence ao intemporal presente da condição humana.

Breves palavras sobre a Encenação
“Para medir um círculo começa-se num ponto qualquer”, afirmou Charles Fort. Assim é com o teatro. Pode-se começar a concepção, ou análise, de um espectáculo por qualquer ponto, seja ele a luminotécnia, a sonoplastia, os actores, ou mesmo a cenografia. Em Oro8orO, esse ponto foi fornecido pelo cruzamento de vários personagens de contos e de banda desenhada. Daqui, se traçou a primeira linha. Como um círculo construiu-se, então, traço a traço a cena, a unidade do espectáculo. Uma sucessão de traços, rectas tangentes que formam na aparente forma circular.
Cada uma imprime uma nova direcção, uma renovada leitura do todo. Então, quando o círculo se fecha, recomeça-se. Limam-se arestas, traçam-se novas linhas, sempre com o objectivo de se voltar a poder recomeçar de um ponto que, já não sendo o mesmo, foi aquele por onde se começou. E é assim que, ensaio a ensaio, sol a sol, lua a lua, se construiu esta arena, metáfora de vida. Mas não confiem nas imagens, nem nas palavras ditas. Este é o círculo onde tudo se sacrifica. Por muito que o movimento seja perpétuo, tal como e onde começou, terá que terminar. O teatro não passa de uma mandala ao vento.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Texto e Encenação: Eduardo Dias | Dramaturgia e Design Gráfico: Mónica Santos Banda sonora original: Bruno Moraes | Interpretação: Eduardo Dias, Graziela Dias, José Lobo e Sara Costa | Caracterização: Eduardo Dias | Figurinos: Zé Nova | Marionetas e Adereços: Pedro Leal e Ricardo Mondim | Direcção Artística, de Actores, de Cena e Desenho de luz: José Maria Dias | Direcção de produção – Mónica Santos | Produção executiva: Anita Vilar | Execução cenográfica: Júlio Mendão e Nuno Pires| Execução de Guarda-roupa: Zé Nova e Gertrudes Félix | Montagem: Hugo Moreira e Mário Pereira Frente Casa: Anita Vilar e Madalena Fialho
Vídeo/Realização e Montagem: Eduardo Dias e Mónica Santos | Captação de Imagem: Leonardo Silva Direcção de Fotografia e operação: Mónica Santos | Participação Especial: Sara Belo | Figuração Especial: Fernando Guerreiro, José Maria Dias e Mónica Santos.

26 de Agosto'09||28 de Agosto'09 | 22h | Escola S. Sebastião da Gama||Cine Teatro S. João (Palmela)


Le Tour du Monde en 80 voix :: Khalid K (França)

Espectáculo para maiores 12 anos – Duração aproximada: 60 minutos


Cantor, músico, contador de contos, Khalid K leva-nos para uma viagem divertida à volta do mundo, para um universo sonoro e visual singular, sem palavras, mas vivo, familiar e poético. Usando fundamentalmente a sua voz constrói paisagens daqui e dali, incarna habilmente todo o género de personagens e de animais, sugerindo também sonoridades de instrumentos que ele orquestra como que por magia, para nos contar em corpo e melodia, histórias universais, levando-nos a mergulhar em todas as culturas e em todas as línguas sem, contudo, usar nenhuma.
O próprio Khalid diz: sou um cão, um gato, uma vaca, um galo, sou uma galinha, sou uma herdade idílica e, nessa paisagem bucólica, sou uma jovem enamorada. Eu sou uma orquestra de jazz, um clarim, sou um cowboy solitário, etc.
Ele incarna, enfim, o mundo que canta e narra de uma forma que nos prende e faz reviver memórias dos tempos da infância.
Na sua tournée de 2007-2008 esteve em numerosos festivais, tais como o da Primavera de Bourges, Les Francofolies de La Rochelle, nos C.C.A.S., JMF, Festival du Vent à Calvi, no Espace M. Simon à Noisy le Grand, no teatro Paul Eluard em Choisy, le Bataclan, no teatro du Vésinet e muitos outros.


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Encenação : Ken Higelin | Interpretação: Khalid K

27 de Agosto'09 | 22h | Club Setubalense

Mostra de Curtas-metragens :: Experimentáculo

Entrada livre

Noite de curtas-metragens, cujo objectivo é divulgar novos projectos/filmes. Sem tema definido, o propósito principal desta mostra é promover produções de vídeo pouco difundidas e motivar jovens realizadores para futuros trabalhos.

Título: "A nossa voz!"
Realizador: Alexandre Afonso
Duração: 21 minutos
Sinopse: Documentário em que um grupo de jovens muçulmanos dão a sua voz sobre os preconceitos, estereótipos e integração religiosa em Portugal. Abordam várias questões tabus, dúvida e curiosidade na nossa sociedade.

Título: "No oitavo"
Realizador: António Aleixo
Duração: 14 minutos
Sinopse: Três administradores reúnem-se de emergência por causa de um inesperado fugitivo. Mas quem é este homem?

Título: "A comida estava boa mas algo mudou em mim"
Realizador: António Aleixo, João Bordeira, Pedro Soares
Duração: 3 minutos
Sinopse: A comida estava boa, mas algo mudou em mim.

Título: "Fado vadio” – Um dia na vida de Luís Morgado"
Realizador: Ana stylita, Carlos Ramos, Eva Cruz
Duração: 15 minutos
Sinopse: Documentário sobre o dia-a-dia de um cantor de fado vadio, Luís Morgado.


Título: "Ecce Homo"
Realizador: Patrícia Trindade Coelho
Duração: 14m41s
Sinopse: A investigação, a conservação e o restauro de “Ecce Homo" deu-nos a conhecer uma pintura do séc. XVI. Representação de momento dramático de Cristo, castigado por Pilatos e apresentado ao Judeus de Jerusalém aquando das celebrações pascais.

28 de Agosto'09 | 22h | Escola S. Sebastião da Gama


Onde o Vento Faz a curva :: CIA D’Artes do Brasil

Espectáculo para maiores 6 anos – Duração aproximada: 80 minutos.

Espectáculo teatral dirigido e interpretado por Amauri Tangará. Iniciado em 1989, já percorreu mais de 1000 comunidades no Brasil e exterior, entre Portugal, Espanha, Bolívia, Peru, Equador, etc. Apresentou-se na EXPO 98 em Lisboa, a convite do Director de Espectáculos de Rua, João Brites.
Os mitos, as lendas e as tradições do Pantanal brasileiro são o principal ingrediente do espectáculo “CAFUNDÓ – ONDE O VENTO FAZ A CURVA”, um divertido espectáculo solo no qual o “contador de causos” Amauri Tangará passa em revista o fantástico imaginário cultural do interior do Brasil.

É um painel da cultura cabocla brasileira, fruto de mais de vinte anos de andança e investigações sertão adentro. Lendas, “causos”, crendices populares, rituais indígenas, festanças religiosas, apresentado numa verdadeira " roda de prosa ", dessas que acontece entre uma “talagada” e outra de boa cachaça, nas vendas e botecos de beira-de-estrada ou nas vigílias dos velórios, nos terços e festas-de-santos. Isso tudo alinhavado e entremeado com gostosas e autênticas canções caboclas e pontilhado de viola de nunca mais se esquecer, levam o espectador aos terreiros da casa-da-roça, para o meio das matas Amazónicas, para as beiras dos rios, para as farras poéticas e gostosas das sabenças caipiras...
CAFUNDÓ – É uma comédia cabocla, cuja participação do público e a multiplicidade de personagens apresentados a torna vibrante, colorida, divertidíssima, mágica!... É a brasilidade do teatro caboclo, na cor, no gesto, no cheiro e no gosto!!!

29 de Agosto | 19h | 21h | 22h 30m | Praça do Bocage


Luto Clandestino :: Teatro O bando

Espectáculo para maiores 12 anos – Duração aproximada: 30 minutos

Quem não gostava de ser “mosquinha” e ouvir as conversas secretas dos outros? O casal no café que ri baixinho, os velhos no jardim, os namorados que se beijam dentro dos carros, as mulheres às varandas.
Quem nunca sentiu, mesmo que o esconda, o desejo de conhecer melhor alguém, ouvindo os seus desabafos, numa conversa de que não fazemos parte?
Neste espectáculo do bando vamos espreitar o mundo da clandestinidade. Vai-nos ser permitido pôr uns auriculares e ser “mosquinha” durante meia hora, seguir uns desconhecidos e ouvir uma conversa íntima, sobre medo, perversidade, amor, morte... luto?
E quem sabe se esta experiência de aproximação ao outro não será esclarecedora para vermos melhor o mundo e percebermo-nos a nós próprios? Quem sabe se esta experiência de voyeurismo não será parte de uma viagem introspectiva?
O espectáculo decorre em movimento. Os actores estão equipados com sistema de emissão de rádio e os espectadores com sistema de recepção.


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Texto: Jacinto Lucas Pires | Encenação e dramaturgia: João Brites | Oralidade: Teresa Lima | Corporalidade: Félix Lozano | Interpretação: Dinis Machado e Paula Só | Co-produção: Teatro o bando / FIAR, Associação Cultural

30 de Agosto'09 | 22h | Club Setubalense


Narrador, narra-me uma narrativa… :: Teatro Estúdio Fontenova

Espectáculo para maiores 06 anos – Duração aproximada: 45 minutos

Entrada livre


A necessidade de contar e ouvir histórias é essencial à espécie Homo Sapiens – necessidade que se posiciona aparentemente em segundo lugar, logo após a alimentação e anterior ao amor e ao abrigo.
Milhões sobrevivem sem amor ou lar, quase ninguém em silêncio; o oposto do silêncio conduz rapidamente à narrativa, e o som das histórias é o som dominante das nossas vidas, dos pequenos relatos do nosso quotidiano até às vastas e incomunicáveis construções de psicopatas.” Price, Reynolds (1978). A Palpable God, New York : Atheneum, p.3.
Na era da comunicação audiovisual o simples acto de contar uma história continua a desempenhar um papel importante nas nossas vidas. O individualismo e a apatia social comprometem a interacção entre indivíduos, constrangendo a partilha de vivências e a criação de um ideário colectivo. O contar de uma história propícia um ponto de partida comum, onde cada pessoa constrói a sua visão particular, acrescentando-lhe os seus «pontos».
A palavra dita, acompanhada de entoações ou gestos, desperta emoções e provoca a imaginação particular dentro de um colectivo.
Se o teatro cumpre em parte esta função, a literatura oral mergulha profundamente nas nossas raízes culturais. Enquanto que na arte teatral a percepção tende a ser mais abrangente, na literatura oral esta depende da vivência pessoal e da imaginação do receptor. Desta forma, a experiência é, de um ponto de vista pessoal, mais intensa.
A literatura oral, por ser um acto para-teatral, e estar intimamente ligada ao nascimento do teatro, surge como uma actividade de extremo interesse, quer pelas razões supracitadas, quer por contribuir para criar o gosto pela leitura.
Desta forma, acompanhando a programação da XI Festa do Teatro realizar-se-á a actividade denominada «Narrador, narra-me uma narrativa…», precedida por tertúlia, onde existirá espaço para partilhar as experiências e pontos de vista suscitados pela obra narrada.

31 de Agosto'09 | 22h | Academia Problemática e Obscura


Conversas de Teatro – O Teatro como Poder :: Fernando Dacosta e Eugénia Vasques

Entrada livre

Num ambiente informal e descontraído, pretende-se conversar, partilhar experiências e trocar ideias tendo como tema “O Teatro como Poder”.

Participantes:

Fernando Dacosta
Ficcionista e autor dramático, formado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa. Exerceu a actividade profissional de jornalista. Foi galardoado com 10 prémios: G.P. de Teatro RTP, da Associação Portuguesa de Críticos, da Casa da Imprensa (por Um jeep em segunda mão, 1978), G.P. de Reportagem (À Descoberta de Portugal, 1982), Jornalista do Ano Nova Gente (1982), G.P. de Reportagem do Clube Português de Imprensa (Os Retornados estão a mudar Portugal, 1984), G.P. de Litertura Círculo de Leitores (O Viúvo, 1986), P. Fernando Pessoa do jornalismo e P. Gazeta do Clube dos Jornalistas (Moçambique, Todo o Sofrimento do Mundo, 1991), P. Gazeta do Clube dos Jornalistas (O Despertar dos Idosos, 1994). Tem mais de vinte livros publicados em diferentes géneros – reportagem, teatro, romance, narrativa e conto.
Estabeleceu nexos de intertextualidade com outros autores de língua portuguesa que integram ou reflectiram sobre a mitologia do ser português, como Agostinho da Silva, Jaime Cortesão, Antero, Pascoaes, Oliveira Martins, Camões ou Pessoa.

Eugénia Vasques
Eugénia Vasques é Professora-Coordenadora na Escola Superior de Teatro e Cinema. Estudou na Universidade de Paris VIII, na Escola de Teatro do Conservatório Nacional, na Universidade de Lisboa e na University of California, Santa Barbara, USA, onde realizou o seu doutoramento em Hispanic Languages com equivalência, na Universidade Nova, em Estudos Portugueses do Século XX. Crítica de teatro entre 1985 e 2001 (Expresso), assinou centenas de artigos e ensaios sobre Artes Performativas e Estudos sobre as Mulheres, e publicou os volumes Jorge de Sena: Uma Ideia de Teatro (1938-71) [Lisboa, Cosmos, 1998]; Considerações em Torno do Teatro em Portugal nos Anos 90: Portugal/Brasil/África [Lisboa, IPAE, 1998]; Mulheres Que Escreveram Teatro no Século XX em Portugal [Lisboa, Colibri, 2001]; O Que É Teatro [Lisboa, Quimera, 2003]; João Mota, Pedagogo Teatral (Metodologia e Criação) [Lisboa, Colibri/IPL, 2006]. Organiza, actualmente, uma História do Conservatório Nacional e o volume OQue É Encenação [Lisboa, Quimera].

Rui Pina Coelho
Docente na Escola Superior de Teatro e Cinema (Lisboa) e investigador do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras de Lisboa – onde colabora no projecto CETbase, uma base de dados para a história do teatro em Portugal – e do Centro de Investigação em Teatro e Cinema (CITECI). Colabora com o jornal Público, desde Julho 2006, na qualidade de crítico de teatro e membro do Conselho Redactorial da revista Sinais de cena. É membro da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (APCT). É Mestre em Estudos de Teatro, desde Junho de 2006, com a tese intitulada Casa da Comédia – Um palco para uma ideia de teatro, apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, e licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses e Ingleses. É membro fundador da Trimagisto – Cooperativa de Experimentação Teatral (Évora).

02 de Setembro'09 | 22h | Parque do Bonfim


As Justiceiras :: Teatro ao Largo

Espectáculo para maiores 12 anos – Duração aproximada: 75 minutos

Uma nova tradução, de Pureza Pinto Leite, da comédia irreverente, ‘As Mulheres da Assembleia’, escrita no séc. V A.C., do mestre grego Aristófanes.

Mantendo-se fiel ao texto original, a nossa versão é transportada da Grécia Antiga para uma aldeia portuguesa nos anos 70, onde os temas centrais têm especial relevância.
“As Justiceiras” baseia-se num acto de velhacaria pelas mulheres da aldeia, através do qual conseguem apoderar-se do controle da Assembleia de Junta de Freguesia, e decretam uma série de novas leis bizarras, em sua vantagem, à custa dos homens locais. Desenrolam-se então consequências, hilariantes…
Por mais absurdo e cómico que possa ser, esta peça de Aristófanes tem muito a dizer sobre a paridade, a igualdade de direitos, e a corrupção na sociedade. A peça é rica em comédia, música ao vivo e interacção com o público.


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Encenação e Música Original: Steve Johnston | Elenco: Rui Penas, Célia Martins, Nuno Bravo Nogueira e Inês Patrício| Assistente de direcção: Pureza Pinto Leite| Guada Roupa e Cenário: Helen Lane| Técnicos: Luis Santos, Nelson Martins

03 de Setembro'09 | 22h | Escola S. Sebastião da Gama


Canção do Vale :: Teatro dos Aloés

Espectáculo para maiores 12 anos – Duração aproximada: 80 minutos



O agricultor Abraam Jonkers vive com a sua neta Verónica numa pequena aldeia da região do grande Karoo na África do Sul.
Cultiva um pedaço de terra de uma herdade de uma família branca e vive a angústia da suspeita de lhe retirarem as terras onde sempre viveu e trabalhou.
Abraam é a tradição, o representante da vida patriarcal e tranquila da vastidão africana.
Verónica tem um sonho – partir e ser cantora na grande cidade onde nasceu -Johannnesburg.
O conflito de duas gerações com objectivos, sensibilidade e projectos de vida diferentes, amarradas pelos afectos que as unem.
Empolgante texto em que o autor, terceira personagem, dialoga com as outras personagens que também narram a sua história ao autor e ao público.
Um texto de um dos maiores autores do nosso tempo.


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Autor: Athol Fugard | Tradutor: Paulo Eduardo Carvalho | Encenador: Jorge Silva |Cenografia e Figurinos: Ana Paula Rocha | Música: Filipe Melo | Iluminação: Carlos Gonçalves | Fotografia: Margarida Dias | Designer gráfico: Margarida Kol de Carvalho|
Interpretação: Carla Galvão e José Peixoto | Produção: Teatro dos Aloés

04 e 05 de Setembro'09 | 22h | Escola S. Sebastião da Gama


Justamente :: Apresentação Final da Oficina de Teatro - Educação para a Cidadania e Inclusão

Duração aproximada: 40 minutos

Entrada livre



Em parceria, formadores do Teatro Estúdio Fontenova e do Teatro Vivo (S. Roque do Pico – Açores), promoveram em regime de Residência Artística uma Oficina de Teatro com jovens de Setúbal e da Ilha do Pico.

Durante sete semanas, com a duração de quinze horas semanais, jovens dos 15 aos 23 anos usufruem de formação no campo teatral, experimentando e construindo de raiz um espectáculo até à sua exibição pública final. As actividades a desenvolver passarão por: trabalhos de pesquisa e investigação; leitura expressiva; expressão corporal; jogo dramático; técnicas de memorização; cenografia; guarda-roupa; adereços; caracterização; discurso dramático (dicção e correcto posicionamento da voz, eloquência e expressividade), luminotécnia e sonoplastia. É com base nos jogos teatrais de improvisação que o espectáculo será construído. A espontaneidade e a libertação de cada individualidade, integrada no grupo, são as forças e as energias necessárias e imprescindíveis para libertar a criação.
A avaliação foi feita a par e passo com a progressão no trabalho, proporcionando uma aquisição de conhecimentos e de atitudes indispensáveis para o resultado final.

05 de Setembro '09 | 23h | Claustros do Convento de Jesus



Concerto com Baile Mandado :: Bailebúrdia



Duração aproximada: 60 minutos

Fazendo justiça ao nome levam a palco uma mistura explosiva de Dança, Sorriso e muito poucas regras… Porque o baile pode também ser reinventando na forma, não só na música!

A banda portuense BAILEBÚRDIA, é mais um produto da cada vez mais concorrida moda dos bailes tradicionais na procura de convívios e workshops de Danças de tradição musical Europeia.
Os BAILEBÚRDIA (bem encabeçados pelos incansáveis Rute Mar e Hugo Osga) são, portanto, um bom exemplo dessa dinâmica, onde o concerto tradicional se alia ao ensino da dança, tornando os seus espectáculos verdadeiramente interactivos.
Engraçado é ainda notar que, a par da curiosidade do público que procura praticar as danças tradicionais europeias, estar também a redescobrir, em simultâneo, os típicos “pezinhos de dança” de tradição lusitana (do Minho ao Algarve, dos Açores à Madeira, etc.) e sem qualquer pinga de preconceito!

Orientação das Danças Voz e Percussão: Rute Mar | Percussões: Nuno Encarnação | Guitarra, Saxofone e Voz: Esther de Leon | Acordeão e Voz: Andreia Barão | Sopros, Didgeridoo, Bul Bul Tarang (Cordofone) e Percussão: OSGA | Sopros e Gaita de Foles: Ricardo Coelho | Flauta Transversal e Clarinete: Sérgio Cardoso | Contrabaixo: Sara Barbosa

Ficha Técnica e Artística da XIª Festa do Teatro

Organização: Teatro Estúdio Fontenova

Direcção Artística: José Maria Dias
Direcção de Produção: Graziela Dias
Produção executiva, Imprensa e Divulgação: Anita Vilar e Mónica Santos
Criação /Edição de imagem e Fotografia: Mónica Santos
Direcção Técnica: António Machado e José Maria Dias
Assistência técnica: Mário Pereira e Bruno Moreira
Assistência de Produção: Hugo Moreira, Júlio Mendão, Sara Costa e Eduardo Dias
Frente Casa: Anita Vilar, Madalena Fialho, Mónica Santos e Hugo Moreira


Agradecimentos:
Danç’arte
TAS
Clube Setubalense
Prima Folia
Rádio Azul
Conselho Executivo da Escola Sebastião da Gama
João Rosado e Carlos Lopes

E a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, têm contribuído para o engrandecimento do Festival “Festa do Teatro”. O nosso obrigado!



O Teatro Estúdio Fontenova é uma estrutura financiada pela Câmara Municipal de Setúbal

Parceria:
Câmara Municipal de Setúbal

Apoios:
Escola Sebastião da Gama; INATEL, Segurança Social, IPJ, Junta de Freguesia de Nossa S.ª da Anunciada, Junta de Freguesia de Sta. Maria da Graça, Junta de Freguesia de S. Julião, Hotel Isidro, Experimentáculo, Teatro O bando, TAS e Universidade de Évora.

Apoios à divulgação:
O Setubalense, Correio de Setúbal/Sem+Mais Jornal, Jornal de Setúbal, Viva Setúbal, Setúbal na Rede.

terça-feira, junho 02, 2009

Oro8orO



Estreia - 18 de Junho às 21h30 na Escola Secundária Sebastião da Gama (Setúbal).

Eduardo Dias construiu um texto dramático livremente inspirado no universo literário da Arte Sequencial, onde a fábula e o fantástico adquirem uma actualidade temática surpreendente, abrindo a porta para a criação de um espectáculo multidisciplinar.
As personagens pertencem a um outro tempo, um “tempo” geográfico. Um lugar que não é passado nem futuro, um lugar que pertence ao intemporal presente da condição humana.

Espectáculo para maiores 16 anos
Duração 75 minutos



Escola Secundária Sebastião da Gama
Rua da Escola Técnica
Setúbal


De 18 a 28 de Junho e 9 a 12 de Julho (quinta a domingo) | 21h.30m

Bilhetes: 7€

Descontos: 5€ (desconto para estudantes menores de 25, maiores de 65 e aderentes PIN Cultura)


Teatro o bando
Palmela /Vale dos Barris


De 02 a 05 de Julho (quinta a sábado) | 21h.30m e Domingo às 17h


Bilhetes: 7€
De 8€ a 10€

José Maria Dias | Director Artístico (Alcáçovas, 1957)

Licenciatura em Estudos Teatrais, pela Universidade de Évora.
Fez várias cursos, dentro dos quais, Direcção Técnica de Espectáculos, orientado por Jean-Guy Lecat (Director Técnico de Peter Brook), cursos de encenação promovidos pelo Inatel (Teatro da Trindade), com alguns professores como o Tomaz Ribas, Águeda Sena, Fernando Augusto, José Peixoto, Alexandre Sousa, Carlos Cabral, Luís de Matos, António Casimiro, Eurico Lisboa, José Carlos Barros, Victor de Sousa, Cláudio Hochman e Mário Feliciano de quem foi assistente da cadeira de encenação. Director Artístico do Teatro Estúdio Fontenova e do Festival de Teatro de Setúbal “Festa do Teatro”. Actualmente lecciona Teatro na Escola Profissional do Montijo, na Escola Profissional de Setúbal e na UNISET (pólo do Montijo). Tem apoiado vários Clubes de Teatro de diversas escolas do Distrito de Setúbal. Encenou textos de vários autores, Armando Nascimento Rosa, Fernando Augusto, Bernardo Santareno, Gil Vicente, Luís de Sttau Monteiro, Maria Alzira Cabral, Norberto de Ávila, Francisco Ventura, Richard Demarcy, Adele Adelach, Aleksandr Galine, August Strindberg, Edward Bond, Arnold Wesker e Bernard-Marie Koltés entre outros.


Eduardo Dias | Encenador/Actor (Setúbal, 1982)

Bacharel do Curso de Formação de actores da ESTC.
Interpretou entre outras as seguintes peças: Teatro Nacional de São Carlos “Tosca” de Giacomo Puccini (2008); Escola da Noite “Na Estrada Real” de Anton Tchékhov com encenação de António Augusto Barros (2007); Teatro Mundial Escolinha de Música uma produção da Média Capital com encenação de Almeno Gonçalves (2006); no Teatro da Trindade (2003) “Viriato” de Freitas do Amaral com encenação de Fraga; no Teatro O Bando (2001 e 2002) “Pino do Verão” a partir de textos de Eugénio de Andrade com encenação de João Brites; no Teatro Estúdio Fontenova “Anoite antes da Floresta” (2009); “O Crime do século XXI” (2006) “Os IEmigrantes” (2005); “Audição – com Daisy ao vivo no Odre Marítimo (2004); “Gil Vicente a Retalho” a partir de textos de Gil Vicente (2003); “As Mãos de Abraão Zacut" de Luís de Sttau Monteiro (2002) "O Pelicano" De August Strindberg (2001); "O Auto da Justiça" de Francisco Ventura (2000); "Restos" de Bernardo Santareno (2000), com encenações de José Maria Dias.


Graziela Dias | Actriz
Nasceu em Setúbal, em 1961.
Frequentou vários cursos de formação de actores e seminários promovidos pelo Inatel (Teatro da Trindade) e o C.E.M., tendo como professores, Ruy de Matos, Fernando Augusto, Natália de Matos, Carlos Cabral, Luís de Matos, Teresa Norton, Helena Flor e Ângela Pinto, frequentou ainda um workshop com Kevin Moore (Universidade de Oxford).
Actriz do Teatro Estúdio Fontenova; Directora de produção do Festival de Teatro Festa do Teatro de Setúbal e do Teatro Estúdio Fontenova.
Como actriz trabalhou com os encenadores, Ruy de Matos, Kevin Moore, João Brites e José Maria Dias entre outros, desempenhando vários papéis de diversos autores, nomeadamente, Fernando Augusto, Bernardo Santareno, Gil Vicente, Luís de Sttau Monteiro, Norberto de Ávila, Natália Correia, Florbela Espanca, Sofia de Mello Breyner, Daniel Filipe, Joaquim Murale, Fernando Passos, Manuel Couto Viana, Adele Adelach, Federico Garcia Lorca, Richard Demarcy, Adele Adelach, Aleksandr Galine, August Strindberg, Edward Bond e Arnold Wesker.


José Lobo | Actor
Nasceu em Setúbal em 1986. Em 2006 concluiu o curso de Artes e Ofícios do Espectáculo (Chapitô), onde teve como professores de interpretação, Ávila Costa, Nuno Pino Custódio, Ana Tamen, José Ramalho e Francisco Salgado.
Frequenta a licenciatura em Teatro no curso de Formação de Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema e trabalha como Freelancer, interligando a acrobacia aérea com o teatro e a dança.


Sara Costa | Actriz

Nasceu na Amadora, em 1985.
Licenciatura em Estudos Teatrais pela Universidade de Évora. Actualmente frequenta o 2º ano de Mestrado em Arte do Actor pela mesma Universidade.
Frequentou o Institut Del Teatre – Diputació Barcelona inserido no programa Erasmus. Participou nos workshops: Máscaras de Commedia dell' Arte coordenado pelo Organic Theatre (Inglaterra), O corpo como fronteira coordenado por Renato Ferracini (Lume teatro - Brasil), Biomecânica Teatral por Roberto Romei (Espanha), Técnicas de improvisação Teatral com Cristina Carvalhal, Nicolau Antunes e Miguel Seabra e Stanislavski e o trabalho do actor sobre si mesmo com Luís Varela. Participou na Curta – Metragem A Carteira Roubada realizada pelos alunos da Universidade Lusófona (2009).
Interpretou, entre outras, as seguintes peças: O Misantropo de Molière com encenação de Ana Tamen, 4 Mulheres de Coragem de Rona Munro com encenação de Figueira Cid, The Blue Room de David Hare coordenado por Fernanda Lapa, 4:48 Psicose de Sarah Kane com encenação de Paulo Alves Pereira (2008); A Casa de Bernarda Alba de Federico Garcia Lorca com encenação de Luis Varela (2005), tendo igualmente trabalhado textos de Sam Shepard, Jean Paul Sartre, Marcel Proust, Vergílio Ferreira, Lope de Rueda e Anton Tchékhov.


Bruno Moraes | Banda sonora original

Nasceu em Setúbal em 1985.
Iniciou os seus estudos de piano em 1991 com a professora M.ª Laura Costa Morais. Ingressou em 1995 no Conservatório Regional de Setúbal onde frequentou até 2000 o Curso Básico de Piano tendo concluído o 5º grau de piano e o 4º grau de Formação Musical e de Classe de Conjunto.
Em 1988 participou no estágio da Orquestra Portuguesa das Escolas de Música – Orquestra 98 na qualidade de Baixo. Participou igualmente na qualidade de Baixo e Actor, em conjugação com o Coro de Câmara de Setúbal e a Tokyo Opera Asssociation, na ópera “ The Forgotten Boys – What Xavier left in Japan” em Julho de 2005.
Foi membro na qualidade de Baixo, do Coro Odyssea, no período 2005 a 2008.
Ingressou no Teatro Estúdio em 2002, como actor e pianista em vários espectáculos de entre os quais; “As mãos de Abraão Zacut” de Luís de Sttau Monteiro; “Audição – com Daisy ao Vivo no Odre Marítimo” de Armando Nascimento Rosa; Composição musical da poesia de Joaquina Soares “Corpo de Palavras”; Direcção musical de “Se isto fosse uma Ópera, seria de Três Cêntimos” uma adaptação da obra “A Ópera dos Três Vinténs”de Bertold Brecht.
Licenciou-se em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa frequentando actualmente o Mestrado em Bioquímica Médica.


Pedro Leal

Nasceu a 19 de Janeiro de 1976.
Formação profissional: Curso Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo do Chapitô; Curso Integrado de Expressões Artísticas e Animação Pedagógica da Fundação Calouste Gulbenkian; Curso de Maquilhagem de Cinema, TV e Vídeo, Cazcarra Image Group (Barcelona); Curso de Caracterização e Próteses, Cazcarra Image Group (Barcelona).
Colaborou com grupos: Grupo La Fraga (Galiza), Dançarte (Palmela), Teatro da Lua Cheia (Lisboa), Sarruga (Barcelona), Neocirka (Setúbal), Radar 360º (Porto), Gog I Magog (Barcelona), Grotest Maru (Alemanha), Kalatharangini (Índia) entre outros.
Fundador do grupo informal “Moad Dib”, que em 2002 passou a Cooperativa Cultural, designada PIA – Projectos de Intervenção Artística, de que é Director Artístico.
No ano de 2008 e 2009, é convidado para ser o Director Artístico do Festival “Ciência na Rua”, um evento que une a arte e a ciência, onde através de quadros performativos são retratados os factos científicos mais importantes que marcaram a nossa história.
Em Portugal, integrou várias equipas de Cenografia, entre outras, das peças “Macbeth”, no Teatro Trindade, “A Flauta Mágica”, “Barbeiro de Sevilha” e “A Fera Amansada”, produções TIL.
Na Cooperativa PIA, produziu os cenários e figurinos do “Sima Meta Morphosis”, “Spirits”, “Hacker” e “Comedor de Pecados”.
Em Sevilha, elaborou trabalhos de construção cénica para o Grupo Alto Riesgo e a empresa Empresa Hard Disc Production.


Mónica Santos | Dramaturgia e Design Gráfico

Nasceu em Lisboa a 10 de Fevereiro de 1981. Em 1999, cursou em Design – Ramo de Comunicação na Universidade de Aveiro, onde frequentou um curso de Teatro através do GRETUA.
Em 2002, ingressou no Curso de Professores do Ensino Básico Variante Educação Visual e Tecnológica na Escola Superior de Educação de Setúbal, que concluiu em 2006, obtendo o grau de licenciatura. Trabalhou como técnica de Actividades de Tempos livres em 2006.
Desde 2007 que lecciona no 1º ciclo. Em 2008 obteve o Certificate of Proficiency in English da Universidade de Cambridge.
Fez a sua primeira exposição de artes plásticas em 2009.


Zé Nova | Figurinista

Estudou Arte e Design na Escola Secundária do Bocage, em Setúbal.
Tirou o Curso de Ilustrador Infantil, CITEN – Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Especializou-se em Cinema de Animação, NEURONES Portugal e integrou uma equipa de produção de desenhos animados, participando em diversas séries televisivas e longas-metragens nacionais e estrangeiras.
Iniciou-se no teatro como figurinista, em 2001, com a peça “O Gato e a Gaivota” de Luís Sepúlveda, encenada por Célia David – Teatro Animação de Setúbal.
Desde essa altura que colabora com diversas companhias teatrais e produtoras como figurinista, cenógrafo e aderecista num total de 25 produções. A destacar: Lua Cheia – Teatro Para Todos, Lisboa; Pedro Górgia Produções, Lisboa; Lêndias D’Encantar, Beja; Cassefaz Produções, Lisboa; Associação FIAR, Palmela; Teatro Mínimo, Lisboa;PAPE 5 Produções, Amadora; Modusoperadum, Almada. Actualmente integra a equipa do Teatro Animação de Setúbal como figurinista e colabora com diversas editoras como ilustrador de manuais escolares e livros infantis.

Sinopse


Nos arredores da longínqua Cidade de Epidauro, ergue-se a Clepsidra, propriedade de Lady Mandalay. Aí reside Enola, uma jovem prostituta obrigada a desposar o silêncio, para que os mais profundos segredos dos seus peculiares clientes nunca sejam revelados. No interior da circular Clepsidra, dois amantes vivem uma trágica e terrível história de amor. Enola observa esta amorosa desventura e presencia um hediondo crime, do qual nunca poderá ser testemunha.


Breves palavras sobre a Encenação


A encenação é bué fixe, porque o meu chapéu tem três bicos. Tem três bicos o meu chapéu... Se não tivesse três bicos, o chapéu não era meu.
“Para medir um círculo começa-se num ponto qualquer”, afirmou Charles Fort. Assim é com o teatro. Pode-se começar a concepção, ou análise, de um espectáculo por qualquer ponto, seja ele a luminotécnia, a sonoplastia, os actores, ou mesmo a cenografia. Em Oro8orO, esse ponto foi fornecido pelo cruzamento de vários personagens de contos e de banda desenhada. Daqui, se traçou a primeira linha. Como um círculo construiu-se, então, traço a traço a cena, a unidade do espectáculo. Uma sucessão de traços, rectas tangentes que formam na aparente forma circular. Cada uma imprime uma nova direcção, uma renovada leitura do todo. Então, quando o círculo se fecha, recomeça-se. Limam-se arestas, traçam-se novas linhas, sempre com o objectivo de se voltar a poder recomeçar de um ponto que, já não sendo o mesmo, foi aquele por onde se começou. E é assim que, ensaio a ensaio, sol a sol, lua a lua, se construiu esta arena, metáfora de vida. Mas não confiem nas imagens, nem nas palavras ditas. Este é o círculo onde tudo se sacrifica. Por muito que o movimento seja perpétuo, tal como e onde começou, terá que terminar. O teatro não passa de uma mandala ao vento.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Texto e Encenação: Eduardo Dias | Dramaturgia e Design Gráfico: Mónica Santos | Banda Sonora Original: Bruno Moraes | Interpretação: Eduardo Dias, Graziela Dias, José Lobo e Sara Costa | Caracterização: Eduardo Dias | Figurinos: Zé Nova | Marionetas e adereços: Pedro Leal e Ricardo Mondim | Direcção Artística de Actores, de Cena e Desenho de luz: José Maria Dias | Direcção de produção: Mónica Santos | Produção executiva: Anita Vilar | Execução cenográfica: Júlio Mendão e Nuno Pires | Execução de Guarda-roupa: Zé Nova e Gertrudes Félix | Montagem: Hugo Moreira e Mário Pereira | Frente Casa: Anita Vilar e Madalena Fialho.


Vídeo:


Realização e Montagem de vídeo: Eduardo Dias e Mónica Santos | Direcção de Fotografia: Mónica Santos | Captação de Vídeo: Leonardo Silva | Participação Especial: Fernando Guerreiro e Sara Belo | Figuração Especial: José Maria Dias e Mónica Santos


Companhia subsidiada: Câmara Municipal de Setúbal
Produção: Teatro Estúdio Fontenova
Apoios: Escola Secundária Sebastião da Gama, Teatro o bando, INATEL, IPJ - Setúbal, Junta de Freguesia da Anunciada
Apoios à Divulgação: O Setubalense, Correio de Setúbal/Sem+Mais Jornal e Setúbal na Rede, Jornal de Setúbal e Viva Setúbal.
Agradecimentos: Álvaro Félix, Conceição Crispim, Esmeralda Santos, Fernando Guerreiro, Hugo Moreira, , João Brites, João Rosado , Magda Santos, PIA – Projectos de Intervenção Artística, Sara Belo, Tiago Moraes e Teatro Animação de Setúbal.