Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010 · 21:30 - 23:00
Teatro Aberto
Praça de Espanha
Lisboa, Portugal
Espectáculo Integrado no II Congresso Internacional Fernando Pessoa organizado pela Casa Fernando Pessoa - Para mais informações contacte a Casa Fernando Pessoa
A obra de Fernando Pessoa é um património de valor incalculável, sendo um marco indiscutível do seu tempo, chega até aos nossos dias envolto numa mística de actualidade intemporal. Esta obra de Armando Nascimento Rosa homenageia a complexidade do Universo Pessoano onde, p...ara além das palavras, existe a música, com canções que partem de poemas que Pessoa escreveu em português, inglês e francês, interpretadas pelo actor e por um pianista-actor, seu duplo, ambos desdobrando-se em outras tantas figuras imaginadas pela invenção cénica. Reflexão e intuição, emoção e diversão, quatro vias que norteiam o teatro gnóstico de Nascimento Rosa, conjugam-se numa peça cómica e dramática, poética e política, que nos fala da vida que há no teatro e do teatro que há na vida.
Sinopse
Um actor chega a um palco para efectuar uma audição, que vira publicitada no jornal. O estranho é ninguém mais ter comparecido naquele teatro, nem júri para o avaliar, nem colegas candidatos. Mas desistir não é com ele. Apresentará na solidão da cena a ficção dramática que trouxe preparada. E o espectáculo acontece graças à sua persistência.
Ele supôs que o anúncio poderia implicar digressões ao estrangeiro, e por isso traz um número que convoca, como ele diz, a referência cultural portuguesa mais famosa no mundo, depois do fado e do vinho do Porto: o poeta Fernando Pessoa.
Várias máscaras o actor vestirá na cena, em especial a de Daisy Mason, a amiga inglesa de Álvaro de Campos (que aparece em Soneto Já Antigo), aqui transformada em inesperada drag-queen da poesia e do music-hall num barco imaginário, em trânsito no Tejo, consagrado às artes e chamado Odre Marítimo.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Texto e Música Armando Nascimento Rosa | Encenação, Concepção do Espaço Cénico e Desenho de luz José Maria Dias |Arranjos Musicais Bruno Moraes e Tiago Morais | Interpretação Bruno Moraes e Eduardo Dias | Apoio Vocal Sara Belo | Direcção de Produção, Adereços e Figurinos Graziela Dias |Fotografia e Design Gráfico Original Paula Moita | Design Gráfico Mónica Santos | Montagem Júlio Mendão | Frente casa Bruno Moreira e Manuel Ernesto
José Maria Dias | Encenador (Alcáçovas, 1957) Licenciatura em Estudos Teatrais, pela Universidade de Évora. Fez várias cursos, dentro dos quais, Direcção Técnica de Espectáculos, orientado por Jean-Guy Lecat (Director Técnico de Peter Brook), cursos de encenação promovidos pelo Inatel (Teatro da Trindade), com alguns professores como o Tomaz Ribas, Águeda Sena, Fernando Augusto, José Peixoto, Alexandre Sousa, Carlos Cabral, Luís de Matos, António Casimiro, Eurico Lisboa, José Carlos Barros, Victor de Sousa, Cláudio Hochman e Mário Feliciano de quem foi assistente da cadeira de encenação. Director Artístico do Teatro Estúdio Fontenova e do Festival de Teatro de Setúbal “Festa do Teatro”. Actualmente lecciona Teatro na Escola Profissional do Montijo e na UNISET (pólo do Montijo). Tem apoiado vários Clubes de Teatro de diversas escolas do Distrito de Setúbal. Encenou textos de vários autores, Armando Nascimento Rosa, Fernando Augusto, Bernardo Santareno, Gil Vicente, Luís de Sttau Monteiro, Maria Alzira Cabral, Norberto de Ávila, Francisco Ventura, Richard Demarcy, Adele Adelach, Aleksandr Galine, August Strindberg, Edward Bond, Arnold Wesker e Bernard-Marie Koltés entre outros.
Eduardo Dias | Actor (Setúbal, 1982) Bacharel do Curso de Formação de actores da ESTC. Interpretou entre outras as seguintes peças: Teatro nacional de São Carlos Opera Produção T.N.S. Carlos“Götterdämmerung” de Richard Wagner; “Tosca” de Giacomo Puccini (2008,2009); Escola da Noite “Na Estrada Real” de Anton Tchékhov com encenação de António Augusto Barros (2007); Teatro Mundial Escolinha de Música uma produção da Média Capital com encenação de Almeno Gonçalves (2006); no Teatro da Trindade (2003) “Viriato” de Freitas do Amaral com encenação de Fraga; no Teatro O Bando (2001 e 2002) “Pino do Verão” a partir de textos de Eugénio de Andrade com encenação de João Brites; no Teatro Estúdio Fontenova “Oroboro” autor, encenador interprete (2009); “A Noite Antes da Floresta” de Bernard-Marie Koltés (2008);“O Crime do século XXI” (2006) “Os IEmigrantes” (2005); “Audição – com Daisy ao vivo no Odre Marítimo (2004); “Gil Vicente a Retalho” a partir de textos de Gil Vicente (2003); “As Mãos de Abraão Zacut" de Luís de Sttau Monteiro (2002) "O Pelicano" De August Strindberg (2001); "O Auto da Justiça" de Francisco Ventura (2000); "Restos" de Bernardo Santareno (2000), com encenações de José Maria Dias.
Bruno Moraes | Actor e Músico, (Setúbal, 1985) Nasceu em Setúbal em 1985.
Iniciou os seus estudos de piano em 1991 com a professora M.ª Laura Costa Morais. Ingressou em 1995 no Conservatório Regional de Setúbal onde frequentou até 2000 o Curso Básico de Piano tendo concluído o 5º grau de piano e o 4º grau de Formação Musical e de Classe de Conjunto.
Em 1988 participou no estágio da Orquestra Portuguesa das Escolas de Música – Orquestra 98 na qualidade de Baixo. Participou igualmente na qualidade de Baixo e Actor, em conjugação com o Coro de Câmara de Setúbal e a Tokyo Opera Asssociation, na ópera “ The Forgotten Boys – What Xavier left in Japan” em Julho de 2005. Foi membro na qualidade de Baixo, do Coro Odyssea, no período 2005 a 2008. Ingressou no Teatro Estúdio em 2002, como actor e pianista em vários espectáculos de entre os quais; “As mãos de Abraão Zacut” de Luís de Sttau Monteiro; “Audição – com Daisy ao Vivo no Odre Marítimo” de Armando Nascimento Rosa; Composição musical da poesia de Joaquina Soares “Corpo de Palavras”; Direcção musical de “Se isto fosse uma Ópera, seria de Três Cêntimos” uma adaptação da obra “A Ópera dos Três Vinténs”de Bertold Brecht.
Licenciou-se em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e Mestrado em Bioquímica Médica pela mesma Universidade.
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