terça-feira, junho 02, 2009

Oro8orO



Estreia - 18 de Junho às 21h30 na Escola Secundária Sebastião da Gama (Setúbal).

Eduardo Dias construiu um texto dramático livremente inspirado no universo literário da Arte Sequencial, onde a fábula e o fantástico adquirem uma actualidade temática surpreendente, abrindo a porta para a criação de um espectáculo multidisciplinar.
As personagens pertencem a um outro tempo, um “tempo” geográfico. Um lugar que não é passado nem futuro, um lugar que pertence ao intemporal presente da condição humana.

Espectáculo para maiores 16 anos
Duração 75 minutos



Escola Secundária Sebastião da Gama
Rua da Escola Técnica
Setúbal


De 18 a 28 de Junho e 9 a 12 de Julho (quinta a domingo) | 21h.30m

Bilhetes: 7€

Descontos: 5€ (desconto para estudantes menores de 25, maiores de 65 e aderentes PIN Cultura)


Teatro o bando
Palmela /Vale dos Barris


De 02 a 05 de Julho (quinta a sábado) | 21h.30m e Domingo às 17h


Bilhetes: 7€
De 8€ a 10€

José Maria Dias | Director Artístico (Alcáçovas, 1957)

Licenciatura em Estudos Teatrais, pela Universidade de Évora.
Fez várias cursos, dentro dos quais, Direcção Técnica de Espectáculos, orientado por Jean-Guy Lecat (Director Técnico de Peter Brook), cursos de encenação promovidos pelo Inatel (Teatro da Trindade), com alguns professores como o Tomaz Ribas, Águeda Sena, Fernando Augusto, José Peixoto, Alexandre Sousa, Carlos Cabral, Luís de Matos, António Casimiro, Eurico Lisboa, José Carlos Barros, Victor de Sousa, Cláudio Hochman e Mário Feliciano de quem foi assistente da cadeira de encenação. Director Artístico do Teatro Estúdio Fontenova e do Festival de Teatro de Setúbal “Festa do Teatro”. Actualmente lecciona Teatro na Escola Profissional do Montijo, na Escola Profissional de Setúbal e na UNISET (pólo do Montijo). Tem apoiado vários Clubes de Teatro de diversas escolas do Distrito de Setúbal. Encenou textos de vários autores, Armando Nascimento Rosa, Fernando Augusto, Bernardo Santareno, Gil Vicente, Luís de Sttau Monteiro, Maria Alzira Cabral, Norberto de Ávila, Francisco Ventura, Richard Demarcy, Adele Adelach, Aleksandr Galine, August Strindberg, Edward Bond, Arnold Wesker e Bernard-Marie Koltés entre outros.


Eduardo Dias | Encenador/Actor (Setúbal, 1982)

Bacharel do Curso de Formação de actores da ESTC.
Interpretou entre outras as seguintes peças: Teatro Nacional de São Carlos “Tosca” de Giacomo Puccini (2008); Escola da Noite “Na Estrada Real” de Anton Tchékhov com encenação de António Augusto Barros (2007); Teatro Mundial Escolinha de Música uma produção da Média Capital com encenação de Almeno Gonçalves (2006); no Teatro da Trindade (2003) “Viriato” de Freitas do Amaral com encenação de Fraga; no Teatro O Bando (2001 e 2002) “Pino do Verão” a partir de textos de Eugénio de Andrade com encenação de João Brites; no Teatro Estúdio Fontenova “Anoite antes da Floresta” (2009); “O Crime do século XXI” (2006) “Os IEmigrantes” (2005); “Audição – com Daisy ao vivo no Odre Marítimo (2004); “Gil Vicente a Retalho” a partir de textos de Gil Vicente (2003); “As Mãos de Abraão Zacut" de Luís de Sttau Monteiro (2002) "O Pelicano" De August Strindberg (2001); "O Auto da Justiça" de Francisco Ventura (2000); "Restos" de Bernardo Santareno (2000), com encenações de José Maria Dias.


Graziela Dias | Actriz
Nasceu em Setúbal, em 1961.
Frequentou vários cursos de formação de actores e seminários promovidos pelo Inatel (Teatro da Trindade) e o C.E.M., tendo como professores, Ruy de Matos, Fernando Augusto, Natália de Matos, Carlos Cabral, Luís de Matos, Teresa Norton, Helena Flor e Ângela Pinto, frequentou ainda um workshop com Kevin Moore (Universidade de Oxford).
Actriz do Teatro Estúdio Fontenova; Directora de produção do Festival de Teatro Festa do Teatro de Setúbal e do Teatro Estúdio Fontenova.
Como actriz trabalhou com os encenadores, Ruy de Matos, Kevin Moore, João Brites e José Maria Dias entre outros, desempenhando vários papéis de diversos autores, nomeadamente, Fernando Augusto, Bernardo Santareno, Gil Vicente, Luís de Sttau Monteiro, Norberto de Ávila, Natália Correia, Florbela Espanca, Sofia de Mello Breyner, Daniel Filipe, Joaquim Murale, Fernando Passos, Manuel Couto Viana, Adele Adelach, Federico Garcia Lorca, Richard Demarcy, Adele Adelach, Aleksandr Galine, August Strindberg, Edward Bond e Arnold Wesker.


José Lobo | Actor
Nasceu em Setúbal em 1986. Em 2006 concluiu o curso de Artes e Ofícios do Espectáculo (Chapitô), onde teve como professores de interpretação, Ávila Costa, Nuno Pino Custódio, Ana Tamen, José Ramalho e Francisco Salgado.
Frequenta a licenciatura em Teatro no curso de Formação de Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema e trabalha como Freelancer, interligando a acrobacia aérea com o teatro e a dança.


Sara Costa | Actriz

Nasceu na Amadora, em 1985.
Licenciatura em Estudos Teatrais pela Universidade de Évora. Actualmente frequenta o 2º ano de Mestrado em Arte do Actor pela mesma Universidade.
Frequentou o Institut Del Teatre – Diputació Barcelona inserido no programa Erasmus. Participou nos workshops: Máscaras de Commedia dell' Arte coordenado pelo Organic Theatre (Inglaterra), O corpo como fronteira coordenado por Renato Ferracini (Lume teatro - Brasil), Biomecânica Teatral por Roberto Romei (Espanha), Técnicas de improvisação Teatral com Cristina Carvalhal, Nicolau Antunes e Miguel Seabra e Stanislavski e o trabalho do actor sobre si mesmo com Luís Varela. Participou na Curta – Metragem A Carteira Roubada realizada pelos alunos da Universidade Lusófona (2009).
Interpretou, entre outras, as seguintes peças: O Misantropo de Molière com encenação de Ana Tamen, 4 Mulheres de Coragem de Rona Munro com encenação de Figueira Cid, The Blue Room de David Hare coordenado por Fernanda Lapa, 4:48 Psicose de Sarah Kane com encenação de Paulo Alves Pereira (2008); A Casa de Bernarda Alba de Federico Garcia Lorca com encenação de Luis Varela (2005), tendo igualmente trabalhado textos de Sam Shepard, Jean Paul Sartre, Marcel Proust, Vergílio Ferreira, Lope de Rueda e Anton Tchékhov.


Bruno Moraes | Banda sonora original

Nasceu em Setúbal em 1985.
Iniciou os seus estudos de piano em 1991 com a professora M.ª Laura Costa Morais. Ingressou em 1995 no Conservatório Regional de Setúbal onde frequentou até 2000 o Curso Básico de Piano tendo concluído o 5º grau de piano e o 4º grau de Formação Musical e de Classe de Conjunto.
Em 1988 participou no estágio da Orquestra Portuguesa das Escolas de Música – Orquestra 98 na qualidade de Baixo. Participou igualmente na qualidade de Baixo e Actor, em conjugação com o Coro de Câmara de Setúbal e a Tokyo Opera Asssociation, na ópera “ The Forgotten Boys – What Xavier left in Japan” em Julho de 2005.
Foi membro na qualidade de Baixo, do Coro Odyssea, no período 2005 a 2008.
Ingressou no Teatro Estúdio em 2002, como actor e pianista em vários espectáculos de entre os quais; “As mãos de Abraão Zacut” de Luís de Sttau Monteiro; “Audição – com Daisy ao Vivo no Odre Marítimo” de Armando Nascimento Rosa; Composição musical da poesia de Joaquina Soares “Corpo de Palavras”; Direcção musical de “Se isto fosse uma Ópera, seria de Três Cêntimos” uma adaptação da obra “A Ópera dos Três Vinténs”de Bertold Brecht.
Licenciou-se em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa frequentando actualmente o Mestrado em Bioquímica Médica.


Pedro Leal

Nasceu a 19 de Janeiro de 1976.
Formação profissional: Curso Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo do Chapitô; Curso Integrado de Expressões Artísticas e Animação Pedagógica da Fundação Calouste Gulbenkian; Curso de Maquilhagem de Cinema, TV e Vídeo, Cazcarra Image Group (Barcelona); Curso de Caracterização e Próteses, Cazcarra Image Group (Barcelona).
Colaborou com grupos: Grupo La Fraga (Galiza), Dançarte (Palmela), Teatro da Lua Cheia (Lisboa), Sarruga (Barcelona), Neocirka (Setúbal), Radar 360º (Porto), Gog I Magog (Barcelona), Grotest Maru (Alemanha), Kalatharangini (Índia) entre outros.
Fundador do grupo informal “Moad Dib”, que em 2002 passou a Cooperativa Cultural, designada PIA – Projectos de Intervenção Artística, de que é Director Artístico.
No ano de 2008 e 2009, é convidado para ser o Director Artístico do Festival “Ciência na Rua”, um evento que une a arte e a ciência, onde através de quadros performativos são retratados os factos científicos mais importantes que marcaram a nossa história.
Em Portugal, integrou várias equipas de Cenografia, entre outras, das peças “Macbeth”, no Teatro Trindade, “A Flauta Mágica”, “Barbeiro de Sevilha” e “A Fera Amansada”, produções TIL.
Na Cooperativa PIA, produziu os cenários e figurinos do “Sima Meta Morphosis”, “Spirits”, “Hacker” e “Comedor de Pecados”.
Em Sevilha, elaborou trabalhos de construção cénica para o Grupo Alto Riesgo e a empresa Empresa Hard Disc Production.


Mónica Santos | Dramaturgia e Design Gráfico

Nasceu em Lisboa a 10 de Fevereiro de 1981. Em 1999, cursou em Design – Ramo de Comunicação na Universidade de Aveiro, onde frequentou um curso de Teatro através do GRETUA.
Em 2002, ingressou no Curso de Professores do Ensino Básico Variante Educação Visual e Tecnológica na Escola Superior de Educação de Setúbal, que concluiu em 2006, obtendo o grau de licenciatura. Trabalhou como técnica de Actividades de Tempos livres em 2006.
Desde 2007 que lecciona no 1º ciclo. Em 2008 obteve o Certificate of Proficiency in English da Universidade de Cambridge.
Fez a sua primeira exposição de artes plásticas em 2009.


Zé Nova | Figurinista

Estudou Arte e Design na Escola Secundária do Bocage, em Setúbal.
Tirou o Curso de Ilustrador Infantil, CITEN – Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Especializou-se em Cinema de Animação, NEURONES Portugal e integrou uma equipa de produção de desenhos animados, participando em diversas séries televisivas e longas-metragens nacionais e estrangeiras.
Iniciou-se no teatro como figurinista, em 2001, com a peça “O Gato e a Gaivota” de Luís Sepúlveda, encenada por Célia David – Teatro Animação de Setúbal.
Desde essa altura que colabora com diversas companhias teatrais e produtoras como figurinista, cenógrafo e aderecista num total de 25 produções. A destacar: Lua Cheia – Teatro Para Todos, Lisboa; Pedro Górgia Produções, Lisboa; Lêndias D’Encantar, Beja; Cassefaz Produções, Lisboa; Associação FIAR, Palmela; Teatro Mínimo, Lisboa;PAPE 5 Produções, Amadora; Modusoperadum, Almada. Actualmente integra a equipa do Teatro Animação de Setúbal como figurinista e colabora com diversas editoras como ilustrador de manuais escolares e livros infantis.

Sinopse


Nos arredores da longínqua Cidade de Epidauro, ergue-se a Clepsidra, propriedade de Lady Mandalay. Aí reside Enola, uma jovem prostituta obrigada a desposar o silêncio, para que os mais profundos segredos dos seus peculiares clientes nunca sejam revelados. No interior da circular Clepsidra, dois amantes vivem uma trágica e terrível história de amor. Enola observa esta amorosa desventura e presencia um hediondo crime, do qual nunca poderá ser testemunha.


Breves palavras sobre a Encenação


A encenação é bué fixe, porque o meu chapéu tem três bicos. Tem três bicos o meu chapéu... Se não tivesse três bicos, o chapéu não era meu.
“Para medir um círculo começa-se num ponto qualquer”, afirmou Charles Fort. Assim é com o teatro. Pode-se começar a concepção, ou análise, de um espectáculo por qualquer ponto, seja ele a luminotécnia, a sonoplastia, os actores, ou mesmo a cenografia. Em Oro8orO, esse ponto foi fornecido pelo cruzamento de vários personagens de contos e de banda desenhada. Daqui, se traçou a primeira linha. Como um círculo construiu-se, então, traço a traço a cena, a unidade do espectáculo. Uma sucessão de traços, rectas tangentes que formam na aparente forma circular. Cada uma imprime uma nova direcção, uma renovada leitura do todo. Então, quando o círculo se fecha, recomeça-se. Limam-se arestas, traçam-se novas linhas, sempre com o objectivo de se voltar a poder recomeçar de um ponto que, já não sendo o mesmo, foi aquele por onde se começou. E é assim que, ensaio a ensaio, sol a sol, lua a lua, se construiu esta arena, metáfora de vida. Mas não confiem nas imagens, nem nas palavras ditas. Este é o círculo onde tudo se sacrifica. Por muito que o movimento seja perpétuo, tal como e onde começou, terá que terminar. O teatro não passa de uma mandala ao vento.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Texto e Encenação: Eduardo Dias | Dramaturgia e Design Gráfico: Mónica Santos | Banda Sonora Original: Bruno Moraes | Interpretação: Eduardo Dias, Graziela Dias, José Lobo e Sara Costa | Caracterização: Eduardo Dias | Figurinos: Zé Nova | Marionetas e adereços: Pedro Leal e Ricardo Mondim | Direcção Artística de Actores, de Cena e Desenho de luz: José Maria Dias | Direcção de produção: Mónica Santos | Produção executiva: Anita Vilar | Execução cenográfica: Júlio Mendão e Nuno Pires | Execução de Guarda-roupa: Zé Nova e Gertrudes Félix | Montagem: Hugo Moreira e Mário Pereira | Frente Casa: Anita Vilar e Madalena Fialho.


Vídeo:


Realização e Montagem de vídeo: Eduardo Dias e Mónica Santos | Direcção de Fotografia: Mónica Santos | Captação de Vídeo: Leonardo Silva | Participação Especial: Fernando Guerreiro e Sara Belo | Figuração Especial: José Maria Dias e Mónica Santos


Companhia subsidiada: Câmara Municipal de Setúbal
Produção: Teatro Estúdio Fontenova
Apoios: Escola Secundária Sebastião da Gama, Teatro o bando, INATEL, IPJ - Setúbal, Junta de Freguesia da Anunciada
Apoios à Divulgação: O Setubalense, Correio de Setúbal/Sem+Mais Jornal e Setúbal na Rede, Jornal de Setúbal e Viva Setúbal.
Agradecimentos: Álvaro Félix, Conceição Crispim, Esmeralda Santos, Fernando Guerreiro, Hugo Moreira, , João Brites, João Rosado , Magda Santos, PIA – Projectos de Intervenção Artística, Sara Belo, Tiago Moraes e Teatro Animação de Setúbal.

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