sábado, março 13, 2010

Audição com Daisy ao vivo no Odre Marítimo




De 19 a 28 de Março (sextas, sábados e domingos) | 21h.30m

Espectáculo para maiores 14 anos
Duração aproximada 1h45

Club Setubalense
Av. Luísa Todi, 99 – 1º
2900 - 461 Setúbal

Bilhetes: 7€ Descontos: 5€ (desconto para estudantes, menores de 25, maiores de 65 e aderentes PIN Cultura)


A obra de Fernando Pessoa é um património de valor incalculável, sendo um marco indiscutível do seu tempo, chega até aos nossos dias envolto numa mística de actualidade intemporal. Esta obra de Armando Nascimento Rosa homenageia a complexidade do Universo Pessoano onde, para além das palavras, existe a música, com canções que partem de poemas que Pessoa escreveu em português, inglês e francês, interpretadas pelo actor e por um pianista-actor, seu duplo, ambos desdobrando-se em outras tantas figuras imaginadas pela invenção cénica. Reflexão e intuição, emoção e diversão, quatro vias que norteiam o teatro gnóstico de Nascimento Rosa, conjugam-se numa peça cómica e dramática, poética e política, que nos fala da vida que há no teatro e do teatro que há na vida.


Sinopse

Um actor chega a um palco para efectuar uma audição, que vira publicitada no jornal. O estranho é ninguém mais ter comparecido naquele teatro, nem júri para o avaliar, nem colegas candidatos. Mas desistir não é com ele. Apresentará na solidão da cena a ficção dramática que trouxe preparada. E o espectáculo acontece graças à sua persistência.
Ele supôs que o anúncio poderia implicar digressões ao estrangeiro, e por isso traz um número que convoca, como ele diz, a referência cultural portuguesa mais famosa no mundo, depois do fado e do vinho do Porto: o poeta Fernando Pessoa.
Várias máscaras o actor vestirá na cena, em especial a de Daisy Mason, a amiga inglesa de Álvaro de Campos (que aparece em Soneto Já Antigo), aqui transformada em inesperada drag-queen da poesia e do music-hall num barco imaginário, em trânsito no Tejo, consagrado às artes e chamado Odre Marítimo.





A Encenação


Tendo sido levada à cena, pelo Teatro Estúdio Fontenova em 2004. Escolhemos repor este espectáculo que é um ex-líbris no historial da companhia e que presta tributo à memória de Fernando Pessoa, no ano em que se assinalam os 75 anos do seu desaparecimento.
Tomei conhecimento da Audição através da Paixão do Eduardo pelo texto de Armando que se tornou, também para mim, em paixão. Não estou a exagerar. Este texto de é sem dúvida um desafio para um actor e consequentemente para um encenador.
Da leitura que fizemos da peça surgiu desde logo a convicção de que ela só resultaria num ambiente, ou de uma forma aproximada, como o vivido por Fernando Pessoa no final dos anos vinte do século passado, com a evidente conotação aos cabaret’s do imaginário de Álvaro de Campos e da sua amiga Daisy, aproximação essa que só se verificaria efectivamente com o seu aparecimento.
Para concretizar esta ideia, nada melhor que o espaço Club Setubalense, em cujo salão existe também um piano de cauda, instrumento imprescindível nesta nossa interpretação. As qualidades e o empenho do Eduardo e do Bruno foram para mim a garantia da qualidade do trabalho.
Na actualização feita para esta reposição, foram tidos em conta todos os pressupostos já anunciados e consequentemente beneficiamos do amadurecimento artístico dos intervenientes, o que vem potenciar alguns ajustes que, por isso, se imponham.

José Maria Dias

Projecto Interacção com as artes plásticas

Com a colaboração de escolas e ateliers de artes plásticas da região, este espectáculo promove a educação artística e a literacia cultural, destinando lugares cativos para estudantes e artistas plásticos onde estes possam transpor a sua interpretação da peça. As criações resultantes deste exercício serão objecto de exposição durante a carreira da peça, propiciando novas visões ao público em geral. Este projecto teve já início no espectáculo anterior “Projecto Maria Parda” e com excelentes resultados, decidimos repeti-lo. Entretanto lançámos já um desafio, aos artistas plásticos, em elaborar, a partir dos esboços, uma obra que fará parte de uma exposição durante o Festival de Teatro “Festa do Teatro” que decorrerá de 21 Agosto a 4 de Setembro.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:

Texto e Música Armando Nascimento Rosa | Encenação, Concepção do Espaço Cénico e Desenho de luz José Maria Dias |Arranjos Musicais Bruno Moraes e Tiago Morais | Interpretação Bruno Moraes e Eduardo Dias | Apoio Vocal Sara Belo | Direcção de Produção, Adereços e Figurinos Graziela Dias |Fotografia e Design Gráfico Original Paula Moita | Design Gráfico Mónica Santos | Montagem Júlio Mendão | Frente casa Bruno Moreira e Manuel Ernesto

Armando Nascimento Rosa
| Autor (Évora, 1966) é autor de entre outras peças encenadas e editadas: “Um Édipo” (2003); “Audição – Com Daisy ao Vivo no Odre Marítimo” (2002); e “Lianor no País sem Pilhas” (2001), que foi Prémio Revelação Ribeiro da Fonte em 2000. Divulgou em leituras dramatizadas as peças “Nória e Prometeu – Palavras do Fogo” (2003) e “Espera Apócrifa” (2000), esta última incluída no seu volume de ensaio: Falar no “Deserto – Estética e Psicologia em Samuel Beckett”
Publicou em 2003 a tese de doutoramento em Literatura Portuguesa Dramática – séc. XX: “As Máscaras Nigromantes – Uma Leitura do Teatro Escrito de António Patrício”. Em Novembro de 2004, estreia em Évora pelo CENDREV a sua mais recente peça: “O Túnel dos Ratos”.
É professor de Teoria/Estética e Escrita Teatral na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa.

José Maria Dias | Encenador (Alcáçovas, 1957) Licenciatura em Estudos Teatrais, pela Universidade de Évora. Fez várias cursos, dentro dos quais, Direcção Técnica de Espectáculos, orientado por Jean-Guy Lecat (Director Técnico de Peter Brook), cursos de encenação promovidos pelo Inatel (Teatro da Trindade), com alguns professores como o Tomaz Ribas, Águeda Sena, Fernando Augusto, José Peixoto, Alexandre Sousa, Carlos Cabral, Luís de Matos, António Casimiro, Eurico Lisboa, José Carlos Barros, Victor de Sousa, Cláudio Hochman e Mário Feliciano de quem foi assistente da cadeira de encenação. Director Artístico do Teatro Estúdio Fontenova e do Festival de Teatro de Setúbal “Festa do Teatro”. Actualmente lecciona Teatro na Escola Profissional do Montijo e na UNISET (pólo do Montijo). Tem apoiado vários Clubes de Teatro de diversas escolas do Distrito de Setúbal. Encenou textos de vários autores, Armando Nascimento Rosa, Fernando Augusto, Bernardo Santareno, Gil Vicente, Luís de Sttau Monteiro, Maria Alzira Cabral, Norberto de Ávila, Francisco Ventura, Richard Demarcy, Adele Adelach, Aleksandr Galine, August Strindberg, Edward Bond, Arnold Wesker e Bernard-Marie Koltés entre outros.

Eduardo Dias | Actor (Setúbal, 1982) Bacharel do Curso de Formação de actores da ESTC. Interpretou entre outras as seguintes peças: Teatro nacional de São Carlos Opera Produção T.N.S. Carlos “Götterdämmerung” de Richard Wagner; “Tosca” de Giacomo Puccini (2008,2009); Escola da Noite “Na Estrada Real” de Anton Tchékhov com encenação de António Augusto Barros (2007); Teatro Mundial Escolinha de Música uma produção da Média Capital com encenação de Almeno Gonçalves (2006); no Teatro da Trindade (2003) “Viriato” de Freitas do Amaral com encenação de Fraga; no Teatro O Bando (2001 e 2002) “Pino do Verão” a partir de textos de Eugénio de Andrade com encenação de João Brites; no Teatro Estúdio Fontenova “Oroboro” autor, encenador interprete (2009); “A Noite Antes da Floresta” de Bernard-Marie Koltés (2008);“O Crime do século XXI” (2006) “Os IEmigrantes” (2005); “Audição – com Daisy ao vivo no Odre Marítimo (2004); “Gil Vicente a Retalho” a partir de textos de Gil Vicente (2003); “As Mãos de Abraão Zacut" de Luís de Sttau Monteiro (2002) "O Pelicano" De August Strindberg (2001); "O Auto da Justiça" de Francisco Ventura (2000); "Restos" de Bernardo Santareno (2000), com encenações de José Maria Dias.

Bruno Moraes | Actor e Músico, (Setúbal, 1985) Nasceu em Setúbal em 1985.
Iniciou os seus estudos de piano em 1991 com a professora M.ª Laura Costa Morais. Ingressou em 1995 no Conservatório Regional de Setúbal onde frequentou até 2000 o Curso Básico de Piano tendo concluído o 5º grau de piano e o 4º grau de Formação Musical e de Classe de Conjunto.
Em 1988 participou no estágio da Orquestra Portuguesa das Escolas de Música – Orquestra 98 na qualidade de Baixo. Participou igualmente na qualidade de Baixo e Actor, em conjugação com o Coro de Câmara de Setúbal e a Tokyo Opera
Asssociation, na ópera “ The Forgotten Boys – What Xavier left in Japan” em Julho de 2005.
Foi membro na qualidade de Baixo, do Coro Odyssea, no período 2005 a 2008.
Ingressou no Teatro Estúdio em 2002, como actor e pianista em vários espectáculos de entre os quais; “As mãos de Abraão Zacut” de Luís de Sttau Monteiro; “Audição – com Daisy ao Vivo no Odre Marítimo” de Armando Nascimento Rosa; Composição musical da poesia de Joaquina Soares “Corpo de Palavras”; Direcção musical de “Se isto fosse uma Ópera, seria de Três Cêntimos” uma adaptação da obra “A Ópera dos Três Vinténs”de Bertold Brecht.
Licenciou-se em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa frequentando actualmente o Mestrado em Bioquímica Médica.




Produção Teatro Estúdio Fontenova
Companhia Subsidiada: Câmara Municipal de Setúbal
Apoios: AERSET; Club Setubalense; Crómia; O Setubalense; Correio de Setúbal/Sem+Mais Jornal; Jornal de Setúbal; O Sul; Setúbal na Rede; Setúbal TV; Oportunidades & Negócios; Via Setúbal; Rádio Azul
Agradecimentos: António Galrinho; Conservatório Regional de Música de Setúbal

1 comentário:

Luciano disse...

Sempre bom passsar por aqui e ficar atualizado.
Deixo um abraço e aproveito para noticiar que os espaços Clown.Comico e Clown e Linguagem agora estão juntos. Ajudem a divulgar: http://www.clown.comico.nom.br