Se Deus é amor e o vinho amante o que nos diz Maria Parda?”
De
Espectáculo para maiores 12 anos
Duração 45 minutos
AERSET
Av. Luísa Todi, 119
2900 Setúbal
Bilhetes: 7€
Breves palavras sobre a Encenação
A obra vicentina espelha uma época de transição. Um tempo onde a soberania daquilo que estava instituído e as instituições são gradualmente subvertidas e a sua pertinência questionada. Este momento singular não foi único, nem isolado na história. A ordem político-social fortalece-se em resposta às interrogações que a comprometem, criando novas questões às quais terá de se reestruturar na busca da resposta.
Por conseguinte, se observarmos o passado, podemos realmente encontrar a marca deste círculo perpétuo, mais ou menos acentuado mas sempre presente.
Entretecida de interrogações sobre a ordem e costumes estabelecidos, a obra de Gil vicente, encontra a intemporalidade e um eterno retorno à nossa condição de seres interrogantes.
Assim, transpõe-se Maria Parda para o século XXI e eis que deixa de ser uma identidade quebrada pelos vícios da vida, transmutando-se numa mulher obcecada pela sua necessidade de preencher e justificar as suas “faltas” através do consumo desmedido.
Desta forma, Maria Parda renasce como qualquer um de nós, vítima da sede de ter e querer em detrimento de quem é, e da consciência daquilo que é realmente indispensável.
A sede do vinho não é mais do que a sede do espírito. Aquela sede imaterial de, com o palpável, saciar os vazios de uma alma que sente e se ressente da solidão entre os pares.
Maria parda pertence a uma sociedade de consumo bem actual, onde a solidão se encontra vincada pelas suas palavras e, onde o possuir é vendido como terapia. No entanto, tal como hoje encontramos em
Por forma a potenciar o carácter intemporal do espectáculo o texto mantém-se fiel ao original, mas usando a linguagem cénica e do actor como elementos vivos desta pulsante actualidade.
Sinopse
“De Gil Vicente
Projecto Interacção com as artes plásticas
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Texto Gil Vicente | Encenação
Produção Teatro Estúdio Fontenova
Apoios: AERSET; Crómia; O Setubalense; Correio de Setúbal/Sem+Mais Jornal; Jornal de Setúbal; O Sul;
Agradecimentos: António Galrinho; Conservatório Regional de Música de Setúbal
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