segunda-feira, agosto 10, 2015

20 de Agosto

Quinta-feira | 19h00 | Claustros do Convento de Jesus
SESSÃO DE ABERTURA / Apontamento Musical > Bruno Moraes | Entrada livre
M/12 anos – Duração aprox.: 45 minutos
Declaração de Abertura pelo Teatro Estúdio Fontenova, através do Director do Festival, e pela Câmara Municipal de Setúbal.
A apresentação incluirá duas novidades desta XVII edição! Uma delas, o lançamento do concurso novos textos dramáticos, CENAS ESCRITAS, tendo como temática da 1ª Edição, “Afrodescendência e Luso-Africanidade”. E, duas novas extensões, uma territorial, durante o festival, e outra, temporal, de 12 a 15 de Novembro em Setúbal, incidindo também nas escolas do concelho.
A abertura será seguida de apontamento musical por Bruno Moraes.


Quinta-feira | 22h | Fórum Luísa Todi >
O Homúnculo > Teatro Estúdio Fontenova
M/12 anos – Duração aprox.: 60 minutos
"O Homúnculo", espectáculo de teatro com texto de Natália Correia, apreendido pela PIDE logo após ser publicado, em 1965, nunca até hoje fora representado (só há notícia de uma experiência, clandestina, pelo Cénico de Direito, no início dos anos setenta, dirigida por José Manuel Osório).
Em 2015 cumpriram-se 50 anos desde a sua primeira e única publicação em livro, e na cena teatral, do Portugal democrático, tem sido esquecida esta criação Nataliana.
A acção decorre no palácio de el-rei Salarim - nome que a escritora utilizou para parodiar o então presidente do Conselho de Ministros, Salazar -, senhor absolutíssimo de Mortocália, epónimo com que Natália designou Portugal na peça. Um reino onde o absolutismo é levado ao extremo por Salarim, na medida em que proíbe os súbditos do ato de urinar, numa metáfora explícita ao sexo. Também a igreja católica aparece caricaturada nesta tragédia jocosa de Natália, na figura do Bispo que satiriza o cardeal Cerejeira, patriarca de Lisboa, assim como os poderes militares, o General, e os poderes académico e corporativo, o Bobo Mnemésicus. O texto de Natália não se circunscreve somente ao contexto epocal, mental e sociopolítico que o motivou, demonstrando também a sua intemporalidade na linguagem inventiva e ágil. Segundo Armando Nascimento Rosa, «’O Homúnculo (tragédia jocosa)’ é uma das raras obras mestras que no teatro português consegue operar o cruzamento entre a estética surrealista, o teatro do absurdo, e a sátira política». A coragem cívica da voz poética de Natália, aliada a um singular talento como dramaturga, encontra-se bem patente nesta peça.

Texto: Natália Correia | Encenação: José Maria Dias | Dramaturgia: Armando Nascimento Rosa | Interpretação: Bruno Moraes, Eduardo Dias, Ricardo Guerreiro Campos e Sara Costa | Cenografia: Ricardo Guerreiro Campos | Figurinos: Zé Nova | Música Original: Bruno Moraes e Armando Nascimento Rosa | Desenho de Luz: José Maria Dias | Fotografia, videomapping, operação Luz e som: Leonardo Silva | Consultor Biográfico: Fernando Dacosta | Design Gráfico: Fernando Carvalho | Assistência de Encenação: Leonardo Silva | Execução de figurinos: Gertrudes Felix e Zé Nova | Apoio ao figurino (Bispo): Lucília Telmo | Produção Executiva: Graziela Dias | Assistência de Produção: Leonardo Silva | Produção, gravação e masterização: Carlos Ramos e Pedro Angelino | Participação especial: Coral Infantil de Setúbal


Quinta-feira | 23h30 | Ritália & Bocage
(Re)cantos ao Homúnculo com Moscatel

Após termos assistido a “uma das raras obras-mestras que no teatro português consegue operar o cruzamento entre a estética surrealista, o teatro do absurdo, e a sátira política”, segundo Armando Nascimento Rosa, trocaremos opiniões e ideias num encontro descontraído de partilha entre toda a equipa de “O Homúnculo” e o público em volta de um moscatel. E brindaremos decerto a Natália Correia!


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