terça-feira, agosto 19, 2008

Introdução


É com grande alegria e satisfação que chegámos à X Festa do Teatro.

Cada vez mais se afirma como um momento cultural de relevo na cidade de Setúbal, continuando a proporcionar ao público autóctone e aos visitantes momentos de verdadeiro divertimento, de enriquecimento e de crescimento intelectual, no qual o teatro assume o papel de dinamizador de redes de difusão, permitindo a interligação de experiências e a movimentação de espectáculos de carácter profissional.

Do teatro, música, curtas metragens, aos espectáculos de sala e de rua, formas artísticas emergentes e de natureza pluridisciplinar, a Festa continua a ser um interlocutor entre os artistas e a comunidade, potenciando hábitos de fruição cultural, continuando a apostar na formação de públicos e no desenvolvimento da sua capacidade crítica.

Um dos objectivos da X Festa do Teatro é manter uma programação eclética e diversificada, privilegiando o nacional sem descurar a participação estrangeira. Em relação a esta última gostaríamos de uma presença mais evidenciada.

Não compreendemos porque é que sistematicamente vemos a nossa candidatura a não ser apoiada pelo M.C., o que nos permitiria esse crescimento a nível internacional pese, embora, um estudo realizado pelo mesmo apontando Setúbal com um défice cultural.

É com enorme prazer que podemos anunciar que a Festa do Teatro é uma realidade incontornável no panorama cultural da cidade de Setúbal. A sua afirmação, como o festival de teatro da cidade, é já assumida por muitas entidades com responsabilidades culturais e sociais.
Pela primeira vez, uma empresa industrial (Lisnave) com sede no concelho de Setúbal, associa-se com o seu apoio financeiro, bem como a sedimentação de uma colaboração preciosa com a Escola Secundária Sebastião da Gama. Realçamos a Câmara Municipal como principal patrocinadora, com a parceria que estabeleceu com o Teatro Estúdio Fontenova na organização do Festival.
Dez edições, duas mãos cheias de sonhos e de realizações, sempre pautadas de inconformismo e de inquietação, trouxeram-nos muitas alegrias, algumas tempestades, mas também, nos deram a força e resistência necessárias para o continuar e fortalecer os Sonhos, num profundo respeito e numa profunda comunhão, entre os fazedores de teatro e o público.

As artes como meios essenciais de nos lermos a nós próprios para rescrevermos colectivamente e sem reproduzirmos, inconscientemente, as histórias e as relações autoritárias que nos formaram, para humanizar e democratizar os nossos quartos, as cozinhas, as salas de aula, os espaços de trabalho e lazer, as comunidades e o futuro.

De 23 de Agosto a 6 de Setembro,
A Festa Faz-se!

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