
“A NOITE ANTES DA FLORESTA ”
De Bernard-Marie Koltés e encenação de José
De
Espectáculo para maiores 16 anos
Duração 60 minutos
Na AERSET (Ex. Banco de Portugal)
Av. Luísa Todi, 119
2900 Setúbal
Bilhetes: 7€
Sinopse
A peça de Bernard-Marie Koltés, apresenta o encontro de dois seres que vagueiam na noite, estrangeiros e marginalizados. Numa esquina de uma cidade qualquer, um homem que, sem ter para onde ir e completamente ensopado pela chuva, tenta comunicar com outro homem na rua, estabelecer um contacto humano em condições desumanas de sobrevivência. Quem será esse interlocutor? Pode ser o próprio espectador ou ainda um duplo do personagem, um espectro?
A Noite Antes da Floresta é uma descida aos infernos, é a voz de um imigrante de um marginal de um excluído.
Não sabemos o seu nome, nem quem é, somente que está sozinho e que fala, fala sem parar. Um vigoroso grito de amor que se perde numa noite fria e chuvosa.
Breves palavras sobre a Encenação
Um monólogo que tenha a capacidade empática com o público, abanando-o na sua consciência de humanos e de intervenientes nesta sociedade humana, muitas vezes desumanizada, indiferente e pouco solidária onde a xenofobia e a exclusão são a sua expressão mais visível, é o desafio estético e interpretativo que nos propomos vencer, trocando os nossos sapatos de primeiro mundo por chinelos de dedo, na luta intima por uma nova humanidade.
As dificuldades de interpretação do próprio texto, pela sua natureza e de grande complexidade na composição da personagem, levam-nos para soluções estéticas muito difíceis de concretizar a nível técnico o que torna tudo ainda mais apaixonante.
Não posso deixar de referir a dedicação de
José
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:

De personalidade complexa, homem de existência vertiginosa e que dos 18 aos 25 anos viajou como quem pratica uma aprendizagem necessária, pensou acertadamente que esta experiência lhe serviria para toda uma vida dedicada à literatura, embora em princípio acreditava que faria poemas ou novelas. “Meu desejo maior é escrever novelas. Se não o faço é porque não teria como viver”, declarou. Nos anos 70, desencantado com um sistema desalmado de vida e uma cultura de violência, passou por drogas, depressão, uma tentativa de suicídio e por um processo de desintoxicação. Depois de ver
Nascido em Metz, filho de um coronel do exército, militante do partido comunista, homossexual, Koltés funda a companhia Théâtre du Quai, estreando oficialmente em 1977 no Festival Off de Avignon com o monólogo A Noite Antes da Floresta (
No entanto, somente depois de sua morte prematura em Paris aos 41 anos, que Koltés começou a ser reconhecido verdadeiramente como dramaturgo, tanto na França como no estrangeiro, tornando-se um clássico do reportório contemporâneo. Considerado por Heiner Muller o Shakespeare de nosso século, traduzido em mais de trinta línguas, encenado em cerca de cinquenta países. Podemos considerar as suas peças como tragédias modernas que nos tocam e desequilibram-nos com uma linguagem inovadora e privilegiada, uma preciosidade num momento em que se corre o risco do teatro descambar para comédias burlescas e banais de consumo rápido.
José
Fez várias cursos, dentro dos quais, Direcção Técnica de Espectáculos, orientado por Jean-Guy Lecat (Director Técnico de Peter Brook), cursos de encenação promovidos pelo Inatel (
Interpretou entre outras as seguintes peças: Teatro nacional de São Carlos “Tosca” de Giacomo Puccini (2008); Escola da Noite “Na Estrada Real” de Anton Tchékhov com encenação de António Augusto Barros (2007); Teatro Mundial Escolinha de Música uma produção da Média Capital com encenação de Almeno Gonçalves (2006); no Teatro da Trindade (2003) “Viriato” de Freitas do Amaral com encenação de Fraga; no Teatro O Bando (2001 e 2002) “Pino do Verão” a partir de textos de Eugénio de Andrade com encenação de João Brites; no
Leonardo Silva | Realizador, nasceu e vive em Setúbal, sempre gostou de escrever e foi um apaixonado pela magia do grande écran. Quando acabou o ensino secundário decidiu trabalhar como forma de emancipação monetária, o mercado não o permitiu, voltou a estudar, optando pelo seu sonho que é o cinema. Formou-se técnico profissional de realização na Academia em Lisboa, e, desde aí, faz o seu “oficio”, sempre que a alternância da condição de desempregado e trabalhador precário o permita. Realizou e participou entre outras: - “Festróia” Realização e Montagem do vídeo institucional (2004); “Viktor” Realização, Argumento e Montagem da curta-metragem (2005); “Para a frente se anda para trás...” Direcção de Fotografia da curta-metragem (2005) produções MDV. - “O Teu Olhar” e “Baía das Mulheres” estágios como 2º assistente de realização nas novelas (2004) produção NBP. - “Setúbal o quê?” assistente de realização e operador de camera, do documentário, produção NYCityFilms / Neocirka (Panorama Festroia). - “Pão e Circo” Realização e Montagem do vídeo publicitário do espectáculo (2004); “Malus” assistente de fotografia e som na curta-metragem (2007) (1º lugar Curtas Sapo/Festroia); “Anita” assistência técnica da curta-metragem (2007), produções NeoCirka CRL. - “
Produção integrada no Festival de Teatro 2008/ “X
Patrocínio: Câmara Municipal de Setúbal
Apoios: AERSET, Projecto Lança
Apoios à Divulgação: O Setubalense, Correio de Setúbal/Sem+Mais Jornal e Setúbal na Rede